Castelo de Oleiros

Povoado fortificado situado num esporão sobre o rio Douro, a sul do local, flanqueado a Oeste pela ribeira da Costureira e a Este pela ribeira Colineaes. O acesso ao sítio arqueológico faz-se pelo lado norte, por uma linha de cumeada. No geral as condições naturais de defesa não são as melhores, facto pelo qual, terá levado à opção ou, à necessidade da construção de um perímetro amuralhado fechado com uma planta do tipo poligonal em xisto aparelhado que corre ao longo da pendente do relevo onde se implantou a estação arqueológica. Apesar de o interior estar ocupado por uma densa vegetação de médio e, grande porte, ainda é possível visualizar alguns alinhamentos que organizam as estruturas de diferentes configurações e medidas.

Até à presente data não é possível estabelecer uma cronologia precisa, que indique o período inicial da ocupação deste local. No ano de 1897 Albino Pereira Lopo, natural dos Estevais, Mogadouro, publica um artigo no “Archeologo Portuguêz”, o achado de uma estela romana, com o respetivo desenho da mesma, proveniente do Castelo de Oleiros. Não podemos firmar certezas sobre qual a época inicial da ocupação neste povoado fortificado, sem que sejam realizadas escavações arqueológicas que nos possam auxiliar a delinear sobre as quais as fases de construção inicial e possíveis remodelações nas estruturas pétreas e assim tentar enquadrá-las cronologicamente. O castelo de Oleiros integra-se numa linha de povoados fortificados assentes nas arribas do Douro, em ambas as margens. Para montante, e ainda no termo de Urrós, o Castelo de Picão de Bouça d’ Aires, ainda no mesmo sentido e no atual concelho de Miranda do Douro, destacamos os povoados fortificados de Picote e de S. João das Arribas. Para jusante, no termo do concelho de Mogadouro, referenciamos o Castelo dos Mouros de Vilarinho dos Galegos, povoado fortificado da Idade do Ferro, e o Castelo dos Mouros da freguesia de Bruçó.